<i>Carris</i> e <i>Metro</i> querem-se públicas
«Qualquer privatização na Carris e no Metropolitano de Lisboa, assim como o aumento dos transportes é contra os interesses dos utentes e do País», considera a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, num comunicado de dia 22, dirigido aos órgãos das freguesias de Lisboa.
Lembrando como a estratégia adoptada com o propósito de privatizar estas empresas é a mesma que foi aplicada aquando da privatização da Rodoviária Nacional, a Fectrans/CGTP-IN salienta que «a existência de um serviço público de transportes, assente em empresas públicas é a única forma de garantir este serviço acessível a todos, sem exclusões e com preços que garantam uma componente social e um serviço com qualidade». Às freguesias, a federação apela para que envidem esforços no sentido de sensibilizar as respectivas populações para este problema e para que se juntem à luta «contra qualquer tipo de privatização», para que ambas as transportadoras «continuem a prestar um serviço social com qualidade».
Sem lavabos
A saúde dos motoristas da Carris tem estado comprometida devido à falta de casas de banho, motivo que levou a Fectrans a reclamar à Câmara Municipal de Lisboa, no dia 19, a instalação de lavabos nos pontos terminais das carreiras. Particularmente grave é a situação no interface do Campo Grande, por onde passam diariamente muitos funcionários do sector, referiu o dirigente sindical Vítor Pereira à Lusa.
Foi através de uma carta-aberta dirigida a todos vereadores que a federação reclamou soluções, lembrando que este problema se tem agravado por haver cada vez mais mulheres a desempenhar aquela função. Outra reivindicação prende-se com a disponibilização de uma sala para uso dos motoristas nos períodos entre viagens.